Processos de automatização de soldagem
Para que se possa compreender os benefícios e aplicações de uma automatização de soldagem é necessário entendermos brevemente questões relacionadas ao processo executado de forma manual.
Desde a sua criação até os dias de hoje, quando o tema “solda” ou “soldagem” é citado a primeira imagem que vem em nossa mente é a de um soldador vestido com seus equipamentos de proteção, empunhando uma porta eletrodo ou uma pistola de solda e derretendo material em alguma superfície qualquer.
É mais do que natural que se pense assim já que por mais de um século qualquer atividade de soldagem era executada somente de forma manual, e continuará sendo por muito tempo pois a presença e habilidade de um soldador ainda é insubstituível em diversas situações.
Porém, após a revolução industrial os processos de fabricação passaram a se tornar cada vez mais dinâmicos e produtivos, houve uma mudança significativa nos conceitos de produção e os equipamentos se tornaram cada vez mais modernos.
Isso gerou alguns problemas pois a rapidez adquirida em uma etapa do processo, sem a sequência das etapas posteriores, acaba gerando os chamados gargalos de produção, ou seja, um setor menos produtivo não consegue dar conta da demanda que recebe, atrasando o restante do processo de fabricação.
Essa realidade fez com que se buscasse cada vez mais por rapidez sem perder a qualidade, e é neste ponto onde a atividade humana encontra o seu limite e a automatização do processo de soldagem passou a ser vista como prioridade em grande parte das indústrias.
Em nosso caso, a automatização de soldagem tem por objetivo acelerar o índice de produtividade, reduzir o custo, aumentar o nível de qualidade e padronização, além de minimizar o desgaste físico provocado pela atividade de solda em si.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS TIPOS DE AUTOMATIZAÇÃO DE SOLDAGEM?
ROBÓTICA APLICADA EM SOLDAGEM
Por seu caráter moderno, futurista e por toda mística gerada quando o assunto são os robôs, muito se fala em robotização como solução definitiva para tornar um processo manual em automático, e não poderia ser diferente, afinal estamos falando sobre uma das criações mais espetaculares já desenvolvidas pelo ser humano, porém há alguns mitos e variáveis importantíssimas a se avaliar no momento de escolher a melhor solução para sua aplicação.
Robôs são insubstituíveis onde há diferentes posições de soldagem em uma única peça a ser soldada, justamente por conta de sua grande capacidade de mobilidade e programação, porém seu custo de implantação e operação são extremamente altos fazendo com que o investimento em um robô seja viável apenas se houver grandes volumes de produção, sendo totalmente inviável para produções em menores escalas.
Também vale lembrar que a adaptabilidade do operador ao equipamento é muitas vezes, dolorosa.
A robotização em solda é aplicada com muito sucesso na indústria automotiva, justamente pela complexidade no processo de soldagem e altíssimo volume produtivo, não há outra solução melhor neste caso.
PROJETOS DE AUTOMATIZAÇÃO DE SOLDAGEM
Porém, na grande maioria dos casos onde há pouca variação de posições de soldagem, como soldas circulares ou longitudinais por exemplo, a robotização se torna inviável em comparação à projetos especiais para automatização de soldagem.
Nestes casos é possível conseguir níveis de produtividade altíssimos, com investimento infinitamente mais baixo e aplicação muito menos complexa.
Os projetos de automatização de soldagem são extremamente acessíveis financeiramente e muito mais objetivos em sua aplicação, seu custo de investimento se paga rapidamente com o aumento significativo de peças fabricadas. Além disso, é a única solução viável para indústrias de pequeno e médio porte na produção em menores volumes, e até mesmo em casos esporádicos de produção em série.
A adaptabilidade do operador ao equipamento é muito mais rápida e tranquila.
Projetos de automatização de soldagem são a melhor solução para caldeirarias, fabricação de perfis, tanques, tubulações, corpos cilíndricos em fechamentos longitudinais e circunferenciais, assim como uma vasta gama de aplicações em peças de pequeno, médio e grande porte.
Todos estes projetos devem obrigatoriamente atender à norma de segurança NR12 exigida para este tipo de equipamento.
